quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vento...

"A melodia transporta um sentido próprio que preenche os momentos, que os harmoniza" Ou não... Esta que ouço Que habita agora na minha cabeça Nos meus sonhos Nos meus pensamentos Esta grita-me! Esta rebenta com o sentido dos meus sentidos! E sabem porquê? Porque naquela noite Saí à rua sozinha, descalça, quase sem roupa Mas nada disso importava se fosse para vê-lo Saí à rua...? Confundo-me... Já não sei se saí ou não saí Ou se dormi Ou se acordei Ou se simplesmente não sei e talvez neste saber a incerteza seja a maior certeza Mas lembro-me daquele ruído imenso que agora transporto em mim Lembro-me da dor de o ouvir Da dor de o suportar Aquela zoada... aquele remoinho crescente como um calor que cresce em hora de tesão violenta! Um ruído cada vez maior, cada vez mais intenso, cada vez mais audível! Eu não tenho momentos para preencher, Então porque é que esta melodia me persegue...?

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bem...
Palavras que suscitam imagens
Imagens que suscitam reacções fisiológicas...
E no fim,
soltasse um remoinho entre o prazer da sensualidade e o contraste do corpo que sai à rua quase sem roupa e que se "confunde" entre o espaço do desejo e o espaço de quem se tranca nos "ses"...