E que nessa paragem desaparecessem, ainda que por momentos, as minhas obrigações, os meus afazeres, as minhas solicitações.
Uma paragem em que sentisse liberdade no tempo, no espaço, nas pessoas, nos encontros e desencontros,...
E gostava que parasse para ti também. Uma paragem mútua e em uníssono.
Quando o tempo não pára, não me sinto livre nele mesmo, nem nos espaços, nem nas pessoas, nem nos encontros e desencontros,...
Não sou livre de optar porque o meu tempo não pára...
E gostava que parasse... e que parasse para ti também...
Serias livre de optar e eu perceberia se optarias por mim... Quando o tempo não pára, não sinto se optas livremente por mim ou se eu te sou imposta, se eu me imponho a ti...
Mas não consigo parar o tempo... e na marioria das vezes o que quero mesmo afinal é que ele corra! Se ele correr eu vou atrás, na esperança de...
... de que optes por mim, de que queiras estar comigo, de que queiras ouvir-me, de que queiras ver-me... Se o tempo ficasse agora estático e parado eu não te teria...
Na maioria das vezes, quero que o tempo corra para ti,
mas sinto falta do teu tempo a correr para mim...
Em menina conseguia parar o tempo desfolhando um mal-me-quer, bem-me-quer...
Sabia que naquele instante era livre de conseguir quem me quisesse bem. Contava as pétalas do mal-me-quer e só desfolhava aquele que sabia que ia dar em "bem"!
Hoje já não sei quantas são as pétalas... por isso opto, no tempo que corre e que não consigo parar, por não desfolhar o mal-me-quer, bem-me-quer...
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