Estou sentada nas margens,
apertando as mãos contra a minha boca,
num gesto de protecção e de busca de conforto,
tentando impedir que ao mínimo soltar de ar,
se lance sobre a atmosfera aquele fumegar branco nevoeiro.
Aquele fumegar que denuncia a minha presença ali...
Esquecida,
Estou mais preocupada com o fumegar da minha boca
do que com o casaco branco comprido que visto
e que à luz do luar da noite e dos alguns candeeiros do parque
poderia ser visto ao longe como o farol que marca a presença da terra firme.
Encontrada
Por dois patinhos que navegam nas águas do lago
sou surpreendida pelo seu ar feliz e empertigado
como quem anuncia a chegada de algo bom
e se orgulha por fazer parte de algo maior
Mergulho
Nessa sensação amorosa
dos seus abraços
dos seus mimos
dos seus beijos sem lábios...
Eles
que no silêncio da noite fria e gélida de Dezembro
navegam sem deixar marcas ondulantes na água
e que assumem esse estar juntos
das profundezas do ser e do estar

apertando as mãos contra a minha boca,
num gesto de protecção e de busca de conforto,
tentando impedir que ao mínimo soltar de ar,
se lance sobre a atmosfera aquele fumegar branco nevoeiro.
Aquele fumegar que denuncia a minha presença ali...
Esquecida,
Estou mais preocupada com o fumegar da minha boca
do que com o casaco branco comprido que visto
e que à luz do luar da noite e dos alguns candeeiros do parque
poderia ser visto ao longe como o farol que marca a presença da terra firme.
Encontrada
Por dois patinhos que navegam nas águas do lago
sou surpreendida pelo seu ar feliz e empertigado
como quem anuncia a chegada de algo bom
e se orgulha por fazer parte de algo maior
Mergulho
Nessa sensação amorosa
dos seus abraços
dos seus mimos
dos seus beijos sem lábios...
Eles
que no silêncio da noite fria e gélida de Dezembro
navegam sem deixar marcas ondulantes na água
e que assumem esse estar juntos
das profundezas do ser e do estar

1 comentário:
O ser
Que aprecia a natureza,
Que mergulha em cada seu pormenor
Que se emociona
Que respira e faz respirar...
Que imerge nas águas navegadas por dois patinhos
Só pode ser um ser
Que se reflecte num dos patinhos
e emerge no seu corpo
Só pode soltar-se
Quando solta o seu perfume
Vai sempre dar conta
que até nas mais ínfimas coisas
há felicidade à sua espera....
Basta:
- parar
- olhar
- escutar
e contemplar cada pormenor
e verá, que há à sua espera, uma tremenda felicidade que a pode preencher...
Enviar um comentário