sábado, 1 de janeiro de 2011

Liberta-te!!!

O meu corpo não se sente.
Gritos frenéticos ouvem-se na escuridão e frieza da noite e à dor gélida dos meus músculos une-se um arrepio sonóro de duvida, incerteza áspera e fustigante.
Todos os meus pôros respondem a essas farpas acutilantes com uma repressão calculista. Os meus cabelos enleiam-se sem sentido numa teia desordenada e mal trabalhada.
As minhas unhas cravam-se, como águia dorida a quem roubaram o rebento, no primeiro parapeito de pranto descontrolado!
Jorra do meu coração o suor do pânico da solidão!
Quero acordar deste pesadelo que me aprisiona o espirito, a alma e o corpo... e me consome a espaços o ventre em chagas vivas e vulcânicas!
O meu corpo não se pode sentir...
O meu espírito tem de pairar fora daqui...
A minha alma... enterra-se num silêncio sepulcral...
É hora...

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