sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Chegou a hora da partida...

Nunca ninguém me negou um abraço
Nem um beijo
E muitos, antes pelo contrário,
Desejariam-no antes muitíssimo!
Mas tu não...
Tu não queres
Tu reprimes
Tu afastas
Tu excluis
Tu negas-me um abraço e um beijo!
Tu punes-me!
Por causa de alguém que esta morto...!
Dificilmente algum dia irei entender!
Porque a dor que senti tantas vezes pelas pessoas reais que te rodeiam eu tive de aguentar...!
E fiz tanto para superar tudo!
Tive de engolir tanta coisa...!
Até ofensas e palavras reais...! Bem reais! E de alguém muito vivo!
Mas tu não... tu dás mais importância aos mortos!
Sobre algo que escrevi na minha liberdade!
Pois é
Cada um é livre
Eu sou livre de escrever
Tu és livre de ires por algo que escrevi!
Assim como tantas vezes fui livre de ficar
De nao te negar nada
Apesar da dor...
E quem esta mal?
Eu...
Sempre eu
Pois se até a compreensão é depositada nessa viva que me atormenta!!
Claro que quem esta mal SOU EU!
Mas hei-de-me pôr bem!
Sozinha claro...!
Porque a noite cai
E não é a mim que sao devidas atenções e reconhecimentos
Não é a minha segurança que importa precaver!
Eu cá me hei-de arranjar!
Nem é comigo que há compromissos eternos!
Comigo é quando puder ser e quando não causar transtornos a quem sempre cuidou e esteve ao lado! 
E por isso saio
É bom que cada um perceba a sua hora da partida
Fica mais fácil para todos!
Sobretudo para quem atormenta!
E o triste é isso...
Quem fica bem...
Quem fica bem é quem quiseste que ficasse...
E por isso a mim só resta reconhecer que chegou...
... chegou a minha vez de partir...
Quiçá para sempre...
...


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