sexta-feira, 1 de junho de 2012

Reciclar papel

Nem sempre este silencio me aflige, nem sempre o sinto como negativo.  Há momentos, como o de agora, em que o sinto meu, em que aproveito para estar comigo. E nem sempre é insuportável estar comigo, as vezes é bom.  E para alem de bom, sinto-o muitas vezes como uma necessidade.  Estar comigo é assim mais ou menos como reciclar papel. Volto a ler-me, volto a escrever-me, volto a sentir-me, volto a cheirar-me e mesmo depois de mais um bocadinho de uso e da mais alguma experiência, saio revigorada, saio diferente e apta a enfrentar uma nova leitura, uma nova escrita, um novo Mundo...! E o que acontece ao papel que não é reciclado? Durante um tempo, até pode ser lembrado como uma boa recordação, mas ficará por aí. Não mais voltará a ser escrito, nem lido, nem tocado, nem cheirado e, na pior das hipóteses, morrerá num lixo qualquer. Perde a vida... E eu não quero perder a vida! Porque eu sou vida e eu dou vida! Eu existo, eu cheiro, eu sintonizo letras e palavras! E, em cada momento desses, vivo!!

4 comentários:

Paula disse...

A analogia com o reciclar papel está uma delícia! :)

Aglaia disse...

:D

Anónimo disse...

Interessante,
Como parte da resposta antecedeu a pergunta,
a pergunta publicada com o título: "Como saber?"
Li as coisas em sentindo inverso,
E entre os campos verdes e os campos revestidos de plantes viçosas, tenho a certeza que encontrará tudo....

Aglaia disse...

Podemos sempre optar por um campo viçoso, verde e perfumado nao é?
Mas o que gosto mesmo é que num campo há sempre uma arvore onde podemos repousar e encontrar dentro de nos aquilo que quisermos...!